Hoje pela manhã, após o retorno de um final de semana divertidíssimo no evento de Balneário Camboriú, fui surpreendido pelo lamentável texto publicado no site oficial do Chapter Porto Alegre. Aos muitos que me conhecem, creio que seu conteúdo não deva ter ocasionado nenhuma reação além de boas risadas, mas, considerando que foi redigido equivocadamente invocando o princípio jurídico da "exceção da verdade", sinto-me no direito/dever de esclarecer publicamente a "verdadeira verdade" dos fatos mencionados:
1- O "pequeno grupo de pessoas" não se resume à Porto Alegre, são clientes de todo o Brasil que externam sua insatisfação pela forma como são tratados pela H-D no país, sentimento que pode ser comprovado na leitura de diversos sites e blogs, assim como nas reclamações que já recebemos para repasse ao Ministério Público do Estado do RS. O blog apenas aderiu a um movimento nacional que já acontece há tempos.
2- Em relação aos jantares, a divisão igualitária do consumo, envolvendo a bebida alcoólica, contraria regras expressas do HOG, que existem com o intuito de garantir que cada um participe das atividades sociais em conformidade com suas possibilidades financeiras e suas necessidades pessoais de consumo. Uma coisa é dividirmos a conta de restaurante entre amigos, outra é promover uma atividade social/institucional/comercial e obrigar a todos que paguem pelo que sequer pensaram em consumir. Vamos a um exemplo concreto, em um sábado do verão do ano passado a turma foi para o litoral comer uma feijoada. A conta ficou em R$60,00 por pessoa, ou seja, feijão, arroz e coca-cola a preço de restaurante 5 estrelas !!!
3- Ainda sobre cobranças deste tipo de atividade, NUNCA questionei o pagamento da funcionária da limpeza, pois tal providência sempre foi de comum acordo entre o grupo. Aliás, o mesmo grupo que financiou louças e geladeira para que os jantares pudessem acontecer de forma mais digna, já que a concessionária, em contrapartida, nunca fez muito além de ceder o espaço, embora fosse a maior interessada comercialmente na atividade. O que sempre foi questionado em relação as sobras foi o desaparecimento constante de insumos, desde óleo de cozinha a garrafas de bebida ainda fechadas.
4- Sobre a história da mochila no carro: na viagem para Punta del Leste do final do ano passado disponibilizei o meu carro a fim de viabilizar o transporte das compras no retorno. Um dos companheiros da viagem decidiu retornar um dia antes. Na nossa volta, quando estávamos no Chuí, com o carro completamente lotado, comprometendo inclusive o conforto e a segurança dos passageiros, o referido companheiro novamente apareceu, questionando sobre a possibilidade de transportarmos sua bagagem. Infelizmente não havia espaço e não pudemos atendê-lo, mesmo porque seu pedido foi feito depois que todos já haviam comprado observando o espaço que restava, e não houve aviso prévio do mesmo sobre sua necessidade de transporte. Cabe ressaltar que não foi feita nenhuma cobrança sobre o uso do carro, alguns poucos resolveram contribuir de forma espontânea, além disso, o veículo objetivava o transporte dos "excessos", fruto das compras na fronteira, e não da bagagem de viagem, que presumimos que devesse estar na moto, dentro das possibilidades de cada um.
5- Sobre a discussão com o funcionário, o que realmente ocorreu foi a reação desproporcional e desrespeitosa por parte daquele quando questionado por mim sobre valores de peças. Não houve socos, apenas uma discussão mais exaltada testemunhada pelo próprio gerente que, frente aos fatos, acabou demitindo o funcionário. Nunca quis nem precisei de privilégios, SEMPRE paguei por tudo o que adquiri na loja.
6- Sobre a camisa do evento do HOG regional: é muito simplório resumir o descontentamento a este fato. Realmente a camisa dos diretores acabou sendo cobrada na última hora. Paguei sem problemas, apenas reclamei sobre a forma indelicada como foi feita a cobrança, logo após nossa chegada da viagem, ainda vestidos com as roupas de chuva, sendo exigido o pagamento imediato, e em dinheiro (situação que poderia ser evitada com um depósito prévio dos valores). Na verdade, o que gerou os protestos na época foi o evento em si, vendido com uma programação e executado de forma bem inferior, ocasionando a frustação daqueles que se propuseram a participar. Vale lembrar que o mesmo problema novamente aconteceu em Campos do Jordão. Sugiro a releitura dos posts da época.
Para acessar a matéria de Campos do Jordão clique em:
http://hogpoa.blogspot.com/2009/04/como-foi-sua-viagem-campos-do-jordao.html
7- Vaia aos vencedores do Rallly Regional? No momento da premiação eu estava conversando com uma organizadora do evento sobre os problemas do mesmo, então, neste caso, seria humanamente impossivel que pudesse tomar conhecimento do vencedor e ainda me propor a vaiá-lo. Aliás, eu não só seria incapaz de vaiar alguém como, neste caso específico, divulgamos com satisfação o resultado do Rally na matéria sobre o evento, que trouxe a premiação para um representante de Porto Alegre.
Para acessar a matéria clique em:
http://hogpoa.blogspot.com/2008/10/hog-regional-cambori.html
8- Em relação à loja de Porto Alegre, não tenho o mínimo interesse que a mesma seja fechada, pois também faço parte do grupo de consumidores e ainda posso precisar dela a fim de suprir alguma necessidade de manutenção de minhas motocicletas. Considerando que o Grupo Izzo detém a exclusividade de comercialização da marca no país, simplemente defendo de forma veemente a melhora da prestação de serviço, seja no cumprimento de prazos ou disponibilidade de peças em estoque, entre tantos outros problemas que vivenciamos atualmente. O fato de a mercadoria ser importada não exime o grupo de tal responsabilidade, obrigação expressamente mencionada no Código de Defesa do Consumidor vigente no Brasil. É pedir demais ? Devemos considerar tudo isso um favor ?
9- Sobre o café-da-manhã da loja, creio que deva ter havido algum engano, pois, embora o mesmo esteja disponível a todos os clientes da marca, há muito tempo prefiro não frequentar. Não é comida que pretendo receber do grupo Izzo !
10- Quanto ao meu interesse comercial na marca H-D, projetos megalomaníacos... Qualquer projeto impressiona aos olhos de quem está acostumado com pouco, o mediano... Já existem no Estado inúmeras inciativas neste sentido, como a ACP em Porto Alegre, que frequento pessoalmente, assim como tantas outras oficinas igualmente capacitadas funcionando na capital e no interior.
11- E, finalmente, sobre a troca da marca da minha motocicleta: minhas Harleys, assim como a da maioria dos que as possuem, são uma conquista pessoal, a realização de um sonho. Sou um apaixonado pela marca e, por este motivo, é que acabo aderindo ao movimento nacional pela melhora de sua representação por aqui. Gostaria de não precisar importar diretamente motoclicletas, peças ou insumos, mas se isso for necessário para continuar usufruindo deste prazer, farei, sempre ! Trocar de marca, jamais ! É mais fácil trocar de loja...
Reinaldo
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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16 comentários:
Reinaldo:
O diretor Ramiro além de faltar vergonhosamente com a verdade se presta a este patético papelão de estafeta do grupo Izzo. Dele não se poderia esperar outra coisa.
Mário Macedo
Rei
Sou testemunha da veracidade dos fatos colocados por voce e não podia esperar outra atitude de quem sabe dizer o que pensa de maneira transparente.
Tambem faço parte desse pequeno grupo do qual nos intitularam, por optar por qualidade e segurança.
Quanto aos jantares muito emprestei meus ouvidos para quem criticava , pessoas essas que não estão no pequeno grupo.
Acredito que agora sofram de amnésia.
Lembrei de duas histórias: a dos lobos em pele de cordeiro(so que agora no plural) e a do pinóquio.
Quem não lembra deve buscar na prateleira da vovó.
Ter uma Harley foi uma opção após ter curtido outras marcas. O que se ouve sobre o grupo Ízzo não é novidade em todo o país(reforçado nesse final de semana maravilhoso que passamos).
Não acho justo ter que matar o sonho HD por fatos e fatores infelizes que agregam a marca.
O mundo gira!
Por fim: sempre ouvi de todos e todas do pequeno grupo que as portas estavam abertas para quem quisesse curtir, dar risadas e andar pela estrada com segurança.
Tenho ouvido agora a manifestação dessa diferença de muitos amigos, (em tempo esses não estão no famoso pequeno grupo).
HDP para nós.
Adri
Reinaldo!
Por isto que somos considerados tupiniquins e outros países mandam toneladas de lixo para nós. Não nós damos o respeito, gostamos de ser mal atendidos... e tem sempre
um para defender.
Tudo que foi colocado pela Adri está perfeito!
Acrescento, ainda, que eu estava na viagem de Punta quando a bagagem do companhero não coube no carro do Rei.
Quanto a este fato digo que: a) o carro não se tratava de "carro de apoio" de todos que estavam indo para Punta; b) várias pessoas colocaram suas bagagens e compras sem sequer perguntar se teria lugar, como deveriam acomodar seus pertences ou se deveriam dividir as despesas deste carro; c)o companheiro quando saiu de Punta sequer avisou aos demais que estava indo embora, apenas no outro dia apreceu rindo e dizendo que não queria acordar mais cedo.
Lastimável o que foi escrito pelo Diretor e advogado Ramiro.
Mônica Rossi
Infelizmente a manisfestação do " Tal Diretor e Advogado" e ele precisa usar os títulos para pode se manifestar, talvez desconheça as regras de instalação no pais para qualquer venda de produtos importados. Deve haver sempre a garantia de reposição de qualquer peça ou serviço no prazo máximo de 30 dias, isso é legal e faz parte de legislação especifica, talvez tal Advogado deva estar desatualizado sob as legislações vigentes, seria bom uma BOA atualizãção antes de manisfestação publica. Mais qualquer outro serviço especializado paralelo consegue colocar peças e outros itens em menos de 15 dias aqui ou em qualquer outra parte do pais. O grupo atual representante da marca no Brasil não consegue por pura falta de competencia e com certeza falta de capital. O interessante na manisfestação do "Diretor do HOG" é a tentaiva de amenizar tal situação de descaso do representante da marca HD em relação aos seus clientes como coisas NORMAIS. LAMENTAVEL MAIS UMA VEZ A MANISFESTAÇÂO FEITA e me remete a pensar que há outro interesse por parte deste cidadão com esta defesa gratuita de uma empresa na qual ele não pertece.
Paulo Borba
Tchê, faz algum tempo que acompanho o teu blog. Muito bom por sinal. Faz anos em que sou mal atendido pela Harley... minto, pelo grupo Izzo. Dizer que a Harley atende mal seria uma inverdade. Pois, como vocês sabem, em qualquer outro lugar do mundo nós somos bem recepcionados e atendidos. Faz anos que envio e-mails para o grupo Izzo na tentativa de ter alguma mudança, porém, NUNCA, eu disse NUNCA, tive qualquer tipo de retorno sobre estes e-mails. O que me deixa mais triste é que o grupo Izzo não vende motos, na verdade vende sonhos/conquistas pessoais como tu bem disse em teu relato e, por conta disto, além do fato da exclusividade, eles possuem este tipo de atitude com os clientes. Se o problema fosse local, compraríamos peças/acessórios em Curitiba, SP, RJ, etc... porém nestes centros também temos a indisponibilidade de peças. Particularmente tenho comprado tudo através do site da Harley lá fora, mando entregar aqui em POA, pago taxas/impostos e etc... ainda assim sai mais em conta do que comprar/esperar pela peça aqui no Brasil. Apoio completamente esta iniciativa/movimento por melhorias.
[]´s Eduardo
Que coisa Reinaldo...lamentável...eu nunca participei das atividades do Chapter por morar longe, mas nas entrelinhas sempre notei algo que não me agrada, só não sabia que era nessas proporções...é por essa e por outras que eu prefiro rodar sozinho...
Abraço
O problema não está no chapter em si, mas no fato do mesmo ser conduzido pela loja e por seus seguidores de fidelidade quase canina escolhidos sabe-se lá como. Quanto a rodar em grupo, tem muita gente boa para dividir a estrada.
Eduardo
Como disse anteriormente nunca acompanhei de perto as atividades do chapter, portanto não tenho elementos pra eleborar uma tese sobre o problema, aliás nem é essa minha essa pretensão, independente do chapter ser dirigido pela loja o não o fato é que ele é formado por pessoas com gostos e características diferenciadas,portanto é heterogêneo, e eu tenho um conceito de que o simples fato de ter uma motocicleta ou uma "HD" é muito pouco pra me tornar amigo ou próximo de uma pessoa, Harley Davidson pra mim está inserida dentro de todo um contexto, que certamente não é o mesmo para A, B, ou C e o HOG foi criado para unir pessoas em torno da marca com a finalidade comercial, o resto é conversa pra boi dormir, tem gente boa? ...Tem!...Só que pra dividir a estrada tem que ter muito mais do que o Bar & Shield estampado na jaqueta...Gracias!!!
Edson
Edson,
Embora longe, conseguiu perceber EXATAMENTE o que ocorre. O HOG é o primeiro capítulo da história da maioria dos harlistas. É a maneira mais fácil de conhecer pessoas do meio. A medida que o tempo passa, ter uma Harley não basta para aprofundar/qualificar relações e são as demais características pessoais que acabam unindo alguns de forma mais intensa. Realmente, é preciso se ter MUITO mais em comum do que a marca da motocicleta para se dividir a mesma estrada, o mesmo hotel, o mesmo restaurante, enfim, para dividir nosso tempo, os momentos da nossa vida. Obrigações ? Concessões ? Já basta as tantas que a vida profissional nos impõe.
Quando encontramos as pessoas certas tudo fica mais leve, mais alegre, mais verdadeiro e recompensador. Ao chegar em casa de uma viagem longa com os amigos, logo vem a saudade e o inevitável planejamento da próxima aventura, a fim de que a diversão não acabe nunca !
Abçs., Fê.
Amantes da HD
Acredito que, se não tivessem morrido ,tanto Harley como Davidson teríam se atirado no Ganges frente as ultimas manifestações.
São sete os pecados capitais e dois dos mais graves deles apequenam os homens.
A grandeza porém, vem com a amizade verdadeira, cara a cara, feita por aqueles que descem do muro , que tem a coragem de falar,assinar e por consequencia buscar clareza frente a frente.
Não de seres ardilosos e articuladores.
Mas isso ( a grandeza) somente a vida mostra, geralmente encontramos nos que são bem resolvidos.
Pequeno grupo: voces são grandes!
Beijos
HDP
Adri
pra Fernanda
Valeu Fernanda , "muchas gracias" por reforçar de maneira clara e inteligente as palavras que escrevi.Esse é o espírito.
Espero encontrar o 'pequeno" grupo daí um dia desses.
Abraços a todos
Como muito bem observou a amiga Monica em um pensamento de Clarisse Lispector:
"não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo o entendimento"
É isso aí,o pequeno grupo
já ultrapassou a barreira do entender e nosso momento agora é o de viver com alegria, desprendimento, emoção e parceria.
Trocando experiências e boas risadas pela estrada através das antenas de nossas Harleys
HDP
Adri
Edson,
Apesar da distância, ficou claro pelas tuas colocações que tu é um dos nossos. Seja sempre bem vindo a nossa turma.
REI
Reinaldo
Grato pelas tuas palavras.
Abraços a todos!!
Edson
Não sei se é intempestiva minha manifestação... Mas, na qualidade de amante incondicional da Harley (já estou na segunda moto) vi-me obrigado a auxiliar na solução destes graves acontecimentos. Com todo o respeito ao MP, em especial ao gaúcho, não acredito que a solução judicial será producente... A prática de trinta anos na advocacia me ensinou que multas ou penalidades não vão "consertar" a situação se o procedimento judicial não chegar ao conhecimento da Harley nos Estados Unidos... Qualquer que seja o resultado do procedimento judicial, basta que o "representante" da Harley acate a decisão final (sabe-se lá quando for promulgada). Não estou dizendo que esta via deva ser descartada. Em absoluto. "Quem não exerce seus direitos, não os merece." O procedimento deve seguir adiante, contando com a colaboração de todos os harlystas insatisfeitos. Mas, a experiência me obriga a dizer que a solução deve vir de dentro da própria Harley. Se o braço brasileiro da Harley está contaminado, infeccionado por má administração financeira e administrativa de seus gestores, convém buscar auxílio direto dos EUA. Em pesquisa neste blog (julho 2008), localizei uma pessoa que poderia estar disposta a ajudar... "ADA JARDIM, brasileria, carioca, proprietária de uma V-ROD, que trabalha na HARLEY-DAVIDSON em Milwaukee. Ela já foi responsável por uma das áreas de design da empresa (Graphic Design Project Coordinator) e atualmente responde pelo pós-venda da América Latina". Brasileira, com a Harley no próprio sangue... Quem sabe a ingerência desta pessoa não seria de grande ajuda? Sugiro contato direto com esta pessoa. Saber o quanto está informada acerca do que ocorre no Brasil. Se está, de fato, interessada na sobreviência da Harley no Brasil. Se sabe do que ocorre, quais providências a Harley está promovendo... Se precisa do auxílio dos Harlystas brasileiros, inclusive na hipótese de substituir empresário de condutas duvidosas, por empresário sério, interessado em dar seguimento ao comércio da Harley no Brasil... etc.
VIVA A HARLEY!!!
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