Recebi este texto de um amigo e achei oportuno publicá-lo face aos últimos acontecimentos.“Era uma vez uma marionete desengonçada chamada Pinochio. O velho Gepeto decidiu criá-lo para divertir a garotada naqueles primeiros dias de construção da Vila de Parma. Pinochio logo ganhou a simpatia da garotada, provocando risos e gargalhadas, pois suas pernas de madeira, finas e instáveis, sempre o embaraçavam nos próprios cordões. Mas o que entristecia a todos é que Pinochio, com os aplausos do público, foi ficando ambicioso e vaidoso, e não admitia mais ser apenas um boneco de madeira. Julgava ser criança de verdade. Quando a garotada o chamava à realidade e reprimia suas mentiras, ele se revoltava contra todos e repleto de inveja e rancor dizia que as crianças é que eram marionetes. Um dia, Pinochio conheceu uma raposa muito esperta e sedutora, que conseguiu convencê-lo a trair seu velho pai Gepeto, levando-o para o teatro mambembe. Com sua esperteza, a raposa fazia Pinochio acreditar que tinha se transformado em criança de verdade, e eufórico gritava: Fui libertado, fui libertado! Mas, de forma sorrateira, a raposa manipulava seus cordões levando-o a fazer coisas feias. Pinochio entrou em êxtase com a idéia de que era livre e perdeu a razão, sentenciando aos quatro cantos que apenas ele era honesto e livre. Pobre Pinochio, ainda preso aos cordões, sem perceber, era manipulado pela raposa. Com um nariz enorme de tanto contar mentiras e fazer coisas erradas, não enxergava direito os cordões que lhe davam movimento, levando-o a pensar que o vulto dos cordões que dançavam à sua frente manipulavam as crianças. Pobre Pinochio, sua vaidade e sua inveja alimentavam as mais detestáveis mentiras. Aos poucos foi perdendo os amigos, que reclamavam da sua tremenda cara-de-pau. Até hoje o pobre Pinochio não percebeu que nunca passou de um simples boneco de madeira, e que marionete que nasce marionete, morre marionete, nunca abandona o cordão, apenas muda de mão”.
Autor: Liberato Póvoa - Desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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Um comentário:
Como diz nosso amigo Valdo "é aí que eu me refiro"
Adriana
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