"O astral da viagem continuava ótimo, mesmo tendo que esperar mais de uma hora e meia para conseguirmos acomodar as motos no Ferry boat, que nos levaria de Buenos Aires a Montevidéu. Não sabíamos que, quando chegamos ao barco acelerando, tínhamos causado algum alvoroço, desconfiança e, também admiração das pessoas que ali estavam. Fizemos os trâmites normais de imigração, rimos, aguardamos, dormimos e comemos, sem saber que éramos observados por olhos ávidos. Dentro do barco seguíamos “anormalmente” quando o Maratan percebeu um menino de sete anos aproximadamente, com problemas de coordenação motora, que insistia com sua mãe em nos conhecer. Era o Sandi. Difícil foi não ficar comovido; seus olhos irradiavam uma alegria incontida quando nos aproximávamos. As três horas de viagem transformaram-se em uma e o Sandi preencheu aquela saudade que sentíamos de casa, dos familiares. A mãe do Sandi nos pediu para que tirássemos uma foto dele nas motos na hora do desembarque, o que foi por unanimidade aceita. Esperamos algum tempo na zona de desembarque quando surgiu o menino, que parecia estar totalmente integrado aqueles forasteiros de preto. Foram várias fotos e muita emoção, e uma sensação indescritível de estarmos dando alegria a alguém aparentemente tão frágil."
Relato de viagem: Jairo
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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2 comentários:
Muito legal. As crianças tem um fascínio pelas HD, sejam elas novas ou de idade avançada. Em momentos como esse que vemos que não estamos pilotando algo comum e que essa paixão envolve todos. Abraço.
Gustavo
Pedro hoyer disse...
E lá veio o Sandi que pilotava sua cadeira elétrica acelerando em nossa direção com um sorriso incontrolável, foi realmente emocionante e gratificante poder presenteá-lo com algo tão simples, porém tão valoroso....fica pro resto da vida...Abraço SANDI..espero que estejas bem..
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