Quem anda de moto com certa freqüência, passa a ver as coisas ao redor de uma maneira diferente, com menos distanciamento. Em cada trecho percorrido, tornamo-nos protagonistas de momentos únicos, e, de alguma forma, entramos na vida das pessoas por quem cruzamos ao longo do caminho. Um aceno, um sorriso, uma foto e pronto, já estaremos nos comentários do almoço, da escola ou do trabalho, quem sabe até circularemos através de e-mails, e, provavelmente, nos tornaremos objetos aspiracionais de liberdade. Nosso contato é tão direto e intenso com o entorno, tão carregado de energia, que talvez isso possa ser um precioso ingrediente da receita de uma vida boa e feliz. Quem sabe não seja este o segredo do "Tio Léo", uma lenda viva do motociclismo, personagem único com mais de 70 anos de "estrada" e fala mansa com muita história pra contar, de quem pudemos desfrutar da companhia especial neste último sábado. Apesar do mau tempo que foi se confirmando ao longo da manhã, almoçamos na Cantina 28 sob o frio de Gramado. A estrada de acesso ao restaurante, 2km de chão batido com brita, foram uma aventura a parte, mas tudo acabou sendo compensado pelas delícias da paisagem e da comida do local. O Maratan se destacou entre o grupo com suas charmosas luvas amarelas e o calado "Hugo" pode desfrutar do seu primeiro passeio (o Marlon terá que comprar um sidecar...). No retorno, a chuva manteve-se calma até a chegada em Porto Alegre, possivelmente graças à reza ensinada pela Valeska !* O título deste post é um trecho do hino dos Cavaleiros do Asfalto, um dos primeiros motoclubes do RS, do qual o tio Léo e o Isse foram fundadores com outros amigos.
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