segunda-feira, 8 de março de 2010

H-D Brasil na ISTOÉ Dinheiro

Para quem não leu, esta é a íntegra da matéria da revista ISTOÉ Dinheiro sobre os erros que levaram a Harley-Davidson a enfrentar a queda das vendas no Brasil e no mundo. "No filme Easy Rider (Sem Destino, em português), de 1969, os atores Peter Fonda e Dennis Hopper rasgam as estradas dos Estados Unidos montados em motocicletas Harley-Davidson. Desde então, a marca deixou de ser apenas um símbolo da contracultura americana para se transformar em um ícone cobiçado por consumidores do mundo inteiro. Em 2009, exatos 40 anos depois do sucesso nas telas de Easy Rider, a Harley derrapou. De acordo com o balanço recentemente divulgado pela companhia, no ano passado as vendas mundiais somaram US$ 4,29 bilhões, um recuo de 23,1% ante 2008. No quesito lucratividade, o tombo foi ainda maior. O saldo positivo de suas contas declinou quase 90%, para apenas US$ 70,6 milhões. No Brasil, País que possui a única fábrica fora dos Estados Unidos (a planta fica em Manaus), foram comercializadas 3.415 motos Harley em 2009, resultado decepcionante perto das 5,1 mil unidades emplacadas em 2008. O pior é que nada indica que a empresa conseguirá superar os obstáculos de forma veloz, segundo declarações do próprio presidente mundial da Harley- Davidson Inc., Keith Wandell. "O ano de 2010 continuará sendo de desafios para a companhia", disse ele durante recente encontro com analistas do mercado financeiro. Nos Estados Unidos, segundo analistas, a explicação para as dificuldades da Harley é a crise financeira que apertou o cinto de todos os setores. No Brasil, alguns fatores extra-econômicos afetaram a imagem da companhia. Nos últimos dois anos, a marca viu crescer o índice de insatisfação da clientela. Primeiro, surgiram comunidades na internet destinadas a criticar o Grupo Izzo, gestor da marca no Brasil, especialmente em relação aos serviços de assistência técnica. Em alguns casos, as motos chegaram a permanecer durante 30 dias na concessionária, à espera do conserto. O auge foi um processo aberto na Justiça gaúcha. "Foi um episódio isolado e que foi resolvido rapidamente", diz Paulo Izzo, controlador do grupo que leva seu sobrenome. O promotor Rossano Biazus, da Defensoria do Consumidor de Porto Alegre (RS), confirma: "O processo foi encerrado com um acordo em que a empresa se comprometeu em cumprir os prazos pactuados com os clientes para a realização de consertos", afirma Biazus. Para o jornalista especializado Silvio Porto, editor do portal Motorcar, a Harley cometeu outros equívocos. "Nos últimos anos, a marca foi conservadora demais no Brasil, com poucas novidades de produtos", diz. Bom para a japonesa Suzuki, que conseguiu destronar a rival do topo do mercado de motos de potência acima de 900 cilindradas, com vendas totais de 3.483 unidades Paulo Izzo diz que os momentos mais difíceis já foram superados e assegura que a marca está pronta para voltar a crescer no País. Sua meta é fechar 2010 com a venda de cinco mil unidades, retomando a trilha de crescimento percorrida no período 2006-2008. Para isso, Izzo vai investir cerca de R$ 6 milhões na abertura de quatro novas concessionárias (Brasília, Salvador, Florianópolis e Ribeirão Preto), elevando para 16 o número de revendas. Ele também pretende ampliar a oferta de modelos, adicionando mais motos importadas ao portfólio feito em Manaus (AM). Tudo isso para fazer a Harley retomar seu destino de sucesso."

Para ler a matéria diretamente no site da revista clique em:
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/645/harley-sem-destinos-os-erros-que-levaram-a-mistica-grife-162366-1.htm

Fonte: Revista ISTOÉ Dinheiro - por Rosenildo Gomes Ferreira

2 comentários:

Anônimo disse...

O que nós consumidores e entusiastas das duas rodas queremos é RESPEITO do Grupo Izzo.

amakariewicz disse...

O brabo de tudo isto e que ainda tinha gente que defendia o tal grupo izzo e depois da denuncia no Ministerio Publico ainda serão beneficiados, uma trupe de puxa- sacos.