quinta-feira, 31 de julho de 2008

Próximo destino: Antônio Prado

Se o tempo não pára, em algumas cidades ele passa mais devagar. Elas fazem parte da rede internacional das slow cities, conhecidas no Brasil como cidades do bem-viver. O movimento deriva do slow food. Está em 30 cidades italianas e se expandiu por países como Alemanha, Noruega, Reino Unido, Polônia, Portugal e Espanha. As cidades candidatas ao selo "Slow City" passam por uma seleção, precisam ter menos de 50 mil habitantes e seguir rigorosamente 55 princípios ligados a política ambiental, sustentabilidade urbana, infra-estrutura, incentivo a produtos locais, hospitalidade e senso de comunidade. A cidade de Antônio Prado é uma das duas cidades brasileiras que detem o título de "Slow City" desde 2001, por ser ecologicamente correta, com respeito à qualidade de vida dos habitantes, seus valores culturais e conservação do patrimônio histórico ( a outra cidade é Tiradentes ). As "Slow City" têm por objetivo se libertar do ritmo frenético imposto pela vida moderna e economia globalizada, resistir à homogeneização, apoiar a diversidade cultural e as especialidades locais, a exemplo da cidade italiana de Bra, no Piemonte, com 27 mil habitantes, sede do movimento, um decreto municipal obriga o comércio a fechar às quintas-feiras para que os proprietários tenham tempo de cuidar da vida pessoal. A geógrafa Ciane Fochesatto, de 25 anos, funcionária pública em Antônio Prado, encaminhou a candidatura da cidade, que recebeu o selo slow city em 2001. "Temos um dos maiores patrimônios históricos do Brasil, com 48 edifícios tombados. Adaptamos todo o cotidiano à preservação dessa história e do meio ambiente urbano". Segundo ela, a população resistiu à idéia num primeiro momento. "Aos poucos compreenderam a idéia e a adesão é praticamente unânime", afirma. A prefeitura lançou uma cartilha de educação patrimonial, desenvolveu coleta seletiva intensa, dedicou grande cuidado ao saneamento e implantou a educação ambiental nas escolas. "

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